Crônica
Desde criança pequena que gosto de futebol. Talvez porque
nesse esporte mágico, seja possível acreditar que tudo é possível. Não importa
se Davi ou se Golias, ali, dentro das quatro linhas, são, e sempre serão onze
contra onze. Todos simples mortais, gladiadores de carne e osso, gente que
existe que é real. E foi na várzea, que encontrei o futebol na sua mais pura
essência, com uma beleza simples e acessível.
Talvez, tão lendária quanto uma história de Homero, a várzea
seja uma espécie rara, em extinção, deixando cada vez mais de fazer parte da
história do futebol. Futebol feito por gente de verdade, com problemas de
verdade, praticados em situações verdadeiramente precárias, e, principalmente,
honrando de verdade as cores defendidas.